da fÚtil

Um espelho raro

Há tempos tive a sorte de encontrar a preciosidade que podem ver  nas fotos do "antes". Um espelho com um formato já de si diferente, com a particularidade de se fechar e transportar! Nem olhei para trás, depois de  me ter mirado e remirado no dito.

Confesso que hesitei em transformar o espelho, mas o tecido de que era forrado estava tão sujo e desgastado que nem o ar "vintage" o safou...

Por coincidência, ou não, tinha mandado vir de fora um papel com motivos antigos, que estava de reserva para qualquer coisa especial. Pois foi mesmo esse que usei para o decopatchar.

Ei-lo no cimo, em foto de estúdio!!!

WYSIWYG

http://www.youtube.com/watch?v=IUBZpyc1AmQ

Pensando que música e palavras poderiam representar o conceito by fÚtil, encontrei esta pérola dos anos 60, criada pelos DINAMICS e que foi um grande hit nos tops da década. Sem saudosismos. Oiçam a batida soul e topem a letra que abaixo transcrevo. Linda!

Some people are made of plastic

You know some people are made of wood

Some people have hearts of stone

Some people are up to no good

Aaaaah, but baby, I'm for real

I'm as real as real can get

If what you're looking for

Is real loving

Then what you see

Is what you get

Ha, whatcha see (whatcha see)

Is whatcha get (is whatcha get)

Whatcha see (whatcha see)

Is whatcha get (is whatcha get)

I said, what you see (whatcha see)

Is whatcha get, now baby (is whatcha get)

And the real thing is the best thing yet

(Is the best thing yet)

You know some people

Are made of lies

To bring you down

And shame your name

But baby, I have good intentions

(Good intentions)

'Cause breaking hearts just ain't my game

All I want to do is love you

And sugar I won't pin you with regret

If what you're looking for

Is real lovin' (real lovin')

Then what you see

Is what you get

I say again

Whatcha see (whatcha see)

Is whatcha get (is whatcha get)

Look at me

Whatcha see (whatcha see)

Is whatcha get (is whatcha get)

I mean, what you see (whatcha see)

Is whatcha get, now baby (is whatcha get)

And the real thing is the best thing yet

(Is the best thing yet)...

Os bancos que não são mochos

Que raio de título para um post, pensarão. Pois bem, eu acho que tinha de ser este. É que andei a chamar  "mochos" a este tipo de bancos, tal como em algumas regiões do nosso país são popularmente designados, mas que pela descrição encontrada na net, não condizia com o modelo.

Sendo eu uma pessoa que gosta de chamar os bois pelos nomes e querendo ter a certeza de que não estava a vender gato por lebre, recorri a fontes mais fidedignas (obrigada Vic!), pelo que posso então afirmar que:    um mocho é um banco baixo, quadrado sem respaldo ou encosto, geralmente com assento em palha.

Chamemos o que quisermos, o certo é que estes banquinhos, recuperados com a técnica décopatch, ganharam nova vida... e estão prontos a ser usados!  

Coisas que fazem a diferença...

Se há coisas que fazem toda a diferença são as molduras nos quadros. Aqueles que levam molduras, pois há os que não precisam de as ter. Por sinal eu adoro telas sem enquadramento exterior!

Feito o preâmbulo, passo ao quadrinho em destaque no post de hoje: uma adorável Iemanjá*, pintura da autoria de Maria Ivone, mãe da minha melhor amiga, Mô.

Na foto mais pequena podem ver o antes, com moldura castanha - que cumpriu a função muito bem durante uns anitos. Como disse o nosso grande poeta "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades"... e como  nestas coisas dos objetos também se mudam os gostos, vá de restaurar a moldura, a pedido da amiga.

Não sei se é o acaso... certo é que tinha em stock o papel ideal com que décopatchei a moldura. Digam lá se Iemanjá* não ficou ainda mais linda!

 * escreveu Jorge Amado:

" Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta."

Coração feérico

Este quadro de 50x50 (acrílico sobre tela com técnica mista), tem a particularidade de ter sido pintado na passagem de ano de 2009/2010. É pois o resultado de umas quantas flutes de Freichenet  Brut (espanhol, como alguém me fez notar...).

Às badaladas da meia-noite, por entre doze passas, com os desejos a atropelarem-se na cabeça, e o barulho do fogo de artifício sobre o Tejo, dei as últimas pinceladas de cor dourada sobre o perfeito coração!

Nota à margem: queria ter feito este post no dia 1 de setembro de 2010,  para assinalar a data da minha passagem de anos, mas outros valores se sobrepuseram nesse dia!)

A magia das artes_ A arte dos aromas * Niki de Saint-Phalle

Tudo começou com um cheiro: combinação fresca de bouquet floral, envolto em notas verdes, tendo como base fortes notas de ásperas madeiras secas. Para uma mulher complexa que quer definir o seu próprio sentido de feminilidade. Bem no alvo!

 

Amante que sou de fragrâncias e descobertas olfactivas; amante que sou de formas e cores, encantei-me com este frasco quase redondo, azul violeta. Fascinantes as serpentes entrelaçadas, símbolo do oculto e da sabedoria. Uma obra de arte nas minhas mãos!

Num impulso comprei-o. De seguida procurei a face e a história da sua criadora, cujo nome entrara já no meu imaginário a desconhecida Catherine-Marie-Anès Fal de Saint-Phalle.

Isto passou-se nos anos 90! Por incrível que possa parecer usei o perfume uma vez -  incompatível com a minha pele!!! De raiva ofereci-o a uma amiga antiquária, a Mercedes. Mais tarde, disse-me ela extasiada: "Descobriste o meu perfume". Apaziguei...

Recentemente encontrei O Jardim do Tarot, projecto de final de vida desta mulher: Niki de Saint-Phalle (1930-2002) escultora, pintora, escritora, cenógrafa, realizadora, de nacionalidade francesa e criada em Nova Iorque. O Tarot Garden, na Toscânia, tornou-se um sonho de peregrinação fÚtil... a realizar, quem sabe!

 *A não perder: http://www.nikidesaintphalle.com/
                                http://youtu.be/aLLo6UJcWiY

                                http://youtu.be/crepuL1Go2U

                                http://youtu.be/svnwWi1Gk38

                                http://youtu.be/y0kd7pJsHk8

                                http://youtu.be/Fls67kuAal8

Janela zen-I

Tenho saudades dos gatos nesta janela - visão de tantos  dias! Agora subo a rua e a janela está vazia.  Ambos partiram. Um de cada vez, em curto espaço de tempo.

Guardo com ternura esta imagem, tão cheia de lembranças e sorrisos.

Hoje, dia de santo António, teriam ao lado um vasinho de manjerico...

 http://www.youtube.com/watch?v=fBAZwFKzv0k

A verdadeira artista...

....é aquela que se arma em sapateiro de bairro, os melhores convenhamos, e num passe de mágica transforma os estafados ténis brancos, num outro par de ténis, com o aspecto que podem ver nas fotos.

Entusiasmada com o resultado, dona fÚtil não se ficou por aqui...

Mas isso fica para outro  post! 

REWIND_PLAY_FOWARD

No album dos retratos da família há sempre os favoritos! A mãe e as primas, em pose na charrette; o pai de chapéu, galantemente encostado ao muro da casa da sua amada; os bigodes retorcidos dos bisavôs; as golas austeras dos vestidos das avós. Os cães do caseiro e os gatos de todos os muros e luas. Tantas músicas no album dos retratos. Neste molhinho estou eu, de mil e uma maneiras, escutando sabe-se lá o quê...

http://www.youtube.com/watch?v=fO2OMVmF3GU

Ambientes II

Aqui está um trabalho que adorei fazer! Antes  deve ter servido de floreira, igual a tantas outras, castanha e sem graça. - não fossem as plantas a escondê-la. Num ímpeto de irreverência décopatchei-a com papel às gomas e rebuçados. Depois de muito pensar (sim que isto não é só coisa de mãos!), coloquei o tampo de vidro redondo  que acabou por valorizar as linhas da peça, depois de transformada em mesinha de apoio. Aqui está ela, em foto amigavelmente cedida pelos actuais donos. Apetitosa!

Descubra as diferenças...

Não é uma ilustração de passatempo para assinalar as diferenças mas podia ser...como a maior parte dos objectos antes e depois de décopatchados.

Esta pequena mesa de cabeceira cujo estilo desconheço (e para o caso não interessa), foi alvo de uma intervenção assumidamente  romântica. A freguesa queria flores - eu juntei-lhe os anjos!

Pequenas grandes coisas

Inventário no armazém-II

Muito gosto eu de bancos! A prova está à vista. Entre os que já décopatchei e uma encomenda pendente, ainda tenho estes em armazém. Verdadeiras preciosidades que aguardam donos à altura. Quem estiver interessado em ter um destes bancos recuperado a seu gosto, pode contactar-me. E quanto custa um banquinho destes? - questionarão receosos. Dependendo do trabalho e do material, de certeza que metade do preço de um par de sapatos de marca, em rebajas! Sim, também adoro sapatos...

Efectivamente Nós

lápis pastel s/papel

http://www.youtube.com/watch?v=anwCv3tO8W8

"Luncheon on the grass"

A deliciosa tela de Pablo Picasso (1961) cuja imagem e título roubei  para este post, é uma reinterpretação do famosérrimo quadro de Édouard Manet, "Le Déjeuner sur l'Herbe", datado de 1862-1863. São obras que não se podem comparar. Apenas gostar.  Eu prefiro esta! Quanto mais não seja porque combina melhor com o estilo do banco tosco, da taça de papel maché e da bandeja  de metal...

Coisas recém décopatchadas que fotografei no campo. Porque é tempo de piqueniques!

Princesa Encantada

É como vejo esta cadeira, depois de  uma grande e demorada "produção" realizada com décopatch. Escolhido o papel de trevos, foram várias as sessões a colar pedacinhos após pedacinhos, como quem vai fazendo um puzzle que a certa altura parece  infindável. Não foi, mas perdi a conta às horas e aos discos que fui ouvindo à conta deste desafio! O resto ficou a cargo do estofador. Atentem bem nesse trabalho primoroso que tanto valorizou a decoração da cadeira.

E assim, revestida de verdes e de músicas, surgiu  esta princesa encantada! 

Chá de menta

Quente ou gelado, dependendo da disposição ou da estação do ano, é ideal para um momento de descontracção, ou de convívio entre amigos. Este é servido numa bandeja by fÚtil!

                

 Ao som de:  http://www.youtube.com/watch?v=nBQaVLoMFuM

O meu pescoço é mais giro que o teu!

Ah pois é! E com estes  irresistíveis colares da minha amiga Stéphanie Gérard (designer), só apetece usar decotes!  A conferir  aqui, clicando nas fotos para ver os deliciosos detalhes.

Para contactos e/ou encomendas seguir o link: http://www.etsy.com/shop/atelier291d

Eu já tenho um... alguém adivinha qual? Venham os palpites.

Condomínio fechado...

...algures em S.Gregório/foto by fÚtil

                                                                                                                            

Coisas do antigamente

Cá estão os armários-que-parecem-gaiolas, com  novo visual. Ora vejam um "antes", no post Inventário no armazém. Estão pois disponíveis para venda estas  réplicas das que havia nas cozinhas e despensas das nossas avós. Para alguns talvez mesmo das bisavós! Nesse tempo em que não havia frigoríficos, conservavam-se alguns alimentos crus em arcas cheias de sal, chamadas justamente, salgadeiras. E em armarinhos semelhantes a estes guardavam-se os queijos ou os enchidos que apanhando ar, estavam também protegidos das moscas. Eu que adoro objectos antigos misturados com coisas actuais, vejo muito bem uma "gaiola" destas pendurada num recanto de qualquer cozinha, mesmo modernaça. Assim como também sou fÚtil para lhe dar outra utilidade em qualquer divisão da casa. Ideias (subversivas) não faltam!

Ambientes I

O Guilherme ainda estava na barriga da mãe e já ela andava calmamente a preparar o quartinho que o havia de receber. Foi a minha primeira encomenda direccionada, para  criar um ambiente no espaço destinado ao bébé. Havia uma cama de grades branca, um armário meio oriental cor de laranja e a mesa de cabeceira  também branca,  que me encarreguei de décopatchar, de acordo com outros elementos que iriam complementar a decoração. Recebi mais tarde a foto do recanto aonde ficou a mesinha de cabeceira, na versão final. E não é que fiquei feliz como uma criança!

Mensagens de Dentro

Por causa do Bar das Artes (post anterior ), achei que podia expor neste espaço alguns trabalhos de uma pintora portuguesa, nossa, por cuja obra me apaixonei desde os primeiros quadros que vi  na "Vermelho de Março" em 1996. Na segunda exposição em 1997 no "Pomar dos Artistas", já estava completamente rendida, ao ponto de praticamente ter passado a correr para todas as exposições que fez, até  hoje. Não ia só para me extasiar com a sua pintura e perceber o sentido de cada quadro, explicado pela própria,  mas também para ficar com os catálogos das exposições! Claro que há  muitos outros artistas plásticos que aprecio. Alguns que conheço pessoalmente, outros que ficaram amigos. A seu tempo aqui estarão representados, prometo. Agora o espaço é da Luzia Laje! O quadro que encabeça este texto chama-se Mensagens de Dentro e é meu! Está no meu escritório bagunçado, na  parede  em frente ao ecrã do computador - sempre ao alcance do meu olhar, quando procuro as palavras...